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segunda-feira, 16 de abril de 2018

A Vida como uma Narrativa



Um dos aspectos que nós, aspirantes a escritor, estudamos desde  os primórdios  é o ponto de vista na narração,  o focalizador.  Em quem vai focar a minha narrativa? Sob a perspectiva de qual dos meus personagens  vou contar a história?  Vou salientar  os problemas, os interesses, os pensamentos de quem? Vou querer que o meu leitor  simpatize com qual personagem?
O escritor pensa, repensa  e  foca  no personagem mais rico,  naquele que vai lhe render cenas  mais  interessantes.
Mas a escolha do focalizador não é algo reservado somente  a literatura. Essa técnica está  na vida  real também. A  televisão, o rádio, os  jornalistas fazem essas escolhas  diariamente ao  noticiar  fatos, relatar situações. Mas ao contrário do escritor em seu livro, essa escolha não será inocente. Há muitos interesses  por trás da manipulação de massas, e muitas  vezes  esses não são os mesmos seus.
O leitor, e se for na televisão, o telespectador,  tem que estar muito consciente desta artimanha, ou técnica ao se deparar com reportagens atuais. 
Antes  de  tomar qualquer posição, antes  de  odiar alguém,  tente se colocar no outro lado. Ver outra versão, entender outro foco. Sempre há duas versões para  um mesmo acontecimento.  
Também pode  se pensar:  A quem beneficia esse foco?  Ao analisar essa situação desse ângulo e me posicionar  assim, beneficio a quem? Às vezes aqueles que querem que você pense  como eles...
 



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