Friends are not FOOD

Friends  are not FOOD

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Precisamos ajudar os biguás e os outros pássaros que frequentavam a BARRA de Tramandaí/ Imbé - RS


https://chng.it/PB5PFmmv8S

Assine, por favor

Num momento em que o mundo todo volta-se para a preservação de matas e florestas, sabendo da relevância do verde para o clima do planeta e consequentemente para a sobrevivência do ser humano, uma ação contrária a tudo isso por parte da Prefeitura Municipal de Imbé/ RS assombrou a todos.  Sem consulta popular, sem aviso algum, dezenas de árvores casuarinas  que serviam de abrigo a centenas de biguás, foram cortadas.

No final do dia em que as casuarinas foram levadas ao chão, uma nuvem triste de biguás planava, desesperada, unida num grito por socorro, de uma margem à outra do Rio Tramandaí, sem ter onde pousar.   Quem assistiu o vôo baixo, o desespero dos biguás à procura de árvores para descansar suas asas,  chorou. 

Tal conduta determinou notória agressão ao meio ambiente, gerando dano moral coletivo a nós humanos, pois nos arrancou o direito de apreciar a natureza em toda a sua magnitude. O dano causado aos animais, principalmente  aos biguás, é imensurável.

Pretendemos, com sua ajuda, enviar o documento para o Ministério Público para que tome as providências que entender necessárias.

Assine, pelo meio ambiente, pelos animais.

 

sexta-feira, 27 de maio de 2022

RUNA, minha grande amiga

 


Quando escuto, dentro da minha mente a poesia, “Funeral Blues” do W.H Auden é porque meu peito acelerado de dor e saudade padece. Me culpo. Eu sempre poderia ter feito mais, tomado outras atitudes para aquela vida, tão preciosa pra mim, continuar.  

A vez de todos chega. A minha também vai chegar.

 

São tantos órgãos, músculos, sistemas pra observar, e quando a gente tem muitos animais-  amigos-  não vê, o que muitas vezes está escondido, com a atenção dividida em tantos seres preciosos.

Mas o meu amor deveria enxergar.

Mais uma grande – pequenina - amiga me deixa hoje. Minha filha, RUNA. Uma pretinha que nunca cresceu, conversava, respondia o tempo todo e bebia água na torneira. Runa, uma alegria que se escondia embaixo das cobertas, no inverno, e seu calorzinho ronronava em mim.

Cada um que se vai, leva um pouco da vida em mim.  Cada um que vai traz muito da saudade daquele que já se foi. Tenho que levantar a cabeça. Tenho outros aqui e preciso continuar.

Preciso acreditar que um dia, nos reuniremos todos, otherwise there is no reason to go on living.

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Resenha de Ismael Chaves

 Vou começar essa resenha indo direto ao ponto: "Plural de Fêmeas" é uma das minhas leituras preferidas do ano!


Desde a abertura com "Chá de Rivais", o livro chega com os dois pés na porta e, se o leitor não virar as páginas com cuidado e olhar para os lados, de vez em quando, periga ser nocauteado assim como os personagens.

Formado por 19 contos, distribuídos em quatro segmentos, "Plural de Fêmeas" dá voz e protagonismo à mulheres fortes, que caem, que levantam, que apanham, que revidam, que resistem, que se vingam e retomam o controle de suas vidas.

A escrita fluída e ágil de Sinara, temperada com uma boa dose de violência, não se esquiva de abordar temas polêmicos ou tabus. Há uma brutalidade que lembra Silvia Ocampo e outras grandes autoras da literatura latino-americana, ao abordar temas que são universais, ainda que com uma familiaridade, infelizmente, brasileira. São as dores de mães, esposas, filhas ou simplesmente mulheres, diante de um sistema opressivo que tenta a todo custo calar, ridicularizar, diminuir ou mesmo destroçar suas vidas. Mas aqui elas tem o destino nas mãos - e muitas vezes a faca, a motoserra e o volante do carro também!

São histórias vibrantes, frenéticas e reflexivas que acabam com um sorriso no rosto ou uma lágrima nos olhos ("Mamãe Noel" me fez chorar, pela primeira vez, lendo um livro).

Que cada vez mais mulheres ocupem seu espaço e contem suas histórias. Sinara Foss é, sem dúvida, uma dessas principais vozes.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Resenha da escrtora Marta Leiria sobre o Plural de Fêmeas


A começar pela belíssima capa, percorri com prazer, medo e sem fôlego, os contos de PLURAL DE FÊMEAS, de Sinara Foss. 

Impossível sair ileso das bem construídas cenas e tramas destas histórias de terror e suspense ambientadas na fictícia cidade interiorana de Vinha d’Alho mostrando os dramas e as tragédias de suas protagonistas. 

Em “Aos Pedaços”, quase desviei os olhos das páginas sangrentas. Não capitulei e segui até o final na expectativa de que fosse um pesadelo, mas não se preocupem, não vou dar spoiler. 

É com coragem que a autora revela essas almas atormentadas. 

Meu conto preferido? “Pinceladas do Destino”. Amei o título e a perturbadora história da pintora Cláudia, vocacionada desde cedo para a arte, alvo de profundo desdém pelo marido Lauro, que não vê qualquer sentido na escolha da mulher em se dedicar a algo que não serve para ganhar dinheiro e pagar contas. 

Vale conferir a prosa ficcional de Sinara Foss!

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Resenha de Caco Belmonte - Plural de Fêmeas



"PLURAL DE FÊMEAS, da Sinara Foss, é um livro com ares de Hitchcock. Outro dia, escrevi sobre prefácios e introduções mirabolantes, que prometem textos de talento sobrenatural, além da capacidade do autor. Não é o caso deste, apresentado pelos escritores Vera Ione Molina e Duda Falcão.
A única ressalva que faço, e tem a ver com a memória afetiva de leitor atento, é que a obra me remeteu às antigas coletâneas intituladas sob o guarda-chuva do consagrado mestre do suspense, Alfred Hitchcock. Se não estou enganado, os livros Histórias Assombrosas e Histórias Tenebrosas, congregavam textos de diversos autores e nem lembro se eram assinados, ou apenas redatores fantasmas, ghost writers como eu mesmo já fui.
Vera Ione, na orelha do livro, faz alusão a Spielberg e sua bem-sucedida série televisiva, Amazing Stories. De fato, é por aí que a narrativa circula. E uma das qualidades do texto, além de ser visual, é a brevidade dos contos. Sinara não é um narrador "mala", daqueles que nos entediam logo nas primeiras páginas. Ela é ágil, insinua e não entrega de mão beijada (antecipa o conflito e, melhor de tudo, "mantém o leitor em rédea curta", demonstrando domínio narrativo). Não é à toa, porque a autora não se iniciou ontem na literatura, embora seja a sua primeira "aventura" nesse campo narrativo (mistério e violência).
Na maior parte do livro, quase nada sobra. Ainda assim, com o meu "olhar xarope" de editor, haveria pequenos cortes a sugerir, eventualmente um "turning point" no final de um único conto, cujo final eu já havia intuído, desde a metade. Por ser um livro de histórias breves e leitura fluída, empolgante, apesar da densidade dos conteúdos, em algumas horas é possível devorá-lo.
Recomendo, também porque a surpresa é algo que me atrai na literatura. A capa, por exemplo, em tons mimosos liláses com duas fêmeas jovens sobre um leito aconchegante, uma delas nua, talvez possa sugerir narrativas eróticas, ou lesbianismo. Pelo título, a cor da capa e a imagem que ilustra, também podemos supor que iremos encontrar uma obra feminista e panfletária. Mas, não é nada disso, o texto vai além e nos entrega outras coisas.
Por intermédio da literatura, em brevíssimas 90 páginas editadas pela Bestiário, Sinara Foss nos leva à imersão num mundo onde as mulheres são humilhadas, esculachadas, traídas, fodidas e mal pagas; mas, ao invés de deixar quieto e aguentar no osso, guardar para si, elas reagem contra os seus agressores e contra outras mulheres que, na visão dessas personagens atormentadas, ameaçam o "status quo" de suas vidas amorosas, conjugais, familiares, etc.
Não é isso, afinal, o que encontramos nas delegacias de mulheres, em algumas das casas de nossos vizinhos e parentes? Quem de nós, enfim, não conhece inúmeras histórias de abuso machista e violência doméstica? Apesar de vivermos o tempo das pós-verdades e dos negacionistas, algumas coisas são óbvias e ninguém consegue escondê-las, porque terminam estampadas nas manchetes das páginas policiais."
Leiam o livro!"
Caco Belmonte

sábado, 20 de novembro de 2021

Army of Female

 

 "After flicking through the pages of “Army of Female”, nothing will be left standing. For the author Sinara Foss, words are sharp blades. Take care not to get cut. All stories present female characters as protagonists and take place in the fictional town of Vinha d’Alho that could be the countryside of anywhere in Brazil.  The female characters daily routine is one of delusion, depression and unrequited love.  However, their voices are not passive. They raise like a resistance cry against a society dominated by men.  Suicides, poisonings, threats and killings give a horror seasoning along the book. The gloomy aspects of human soul reach its peak at the final short story. The wreckage of unhappy and incomplete relationships emerge without any chance to redemption.  Try to gather the pieces of your heart and soul after reading Sinara Foss’ work.  Meanwhile try to remember that every piece of fiction represents our society giving us an opportunity to think and rebuild the world we live in."  Duda Falcão - writer

www.sinarafoss.com.br

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Brasil - Um País que Aprende com os Erros dos Outros


                    A Covid19, como uma incontrolável nuvem de gafanhotos, dizimou vidas de todos os continentes da terra; primeiro a Ásia, alastrou-se pela Europa, América do Norte, Central e do Sul e depois a África.

                  O Brasil, talvez por ter tirado preciosas lições com a experiência anterior de outros países, organizou-se e apesar das diferenças continentais, salvou seu povo.
                  Nenhum outro país foi tão pouco invadido pelo vírus quanto o Brasil. Em nenhum outro lugar, respeitando as diferenças de tamanho e numero populacional, morreu tão pouca gente.
Cento e vinte e três vidas. Cento e vinte e três sonhos que não se concretizaram. Sentimos muito pelos familiares enlutados dessas cento e vinte e três vítimas no Brasil. Sofremos por eles que perderam pais, mães, avós ou filhos.  
                   A participação do nosso presidente foi crucial, para esses números. O povo teve força, apoio,  uma meta,  e conseguimos!  As fronteiras foram fechadas, políticas de apoio aos brasileiros implementadas. Cada município conhecedor de seus moradores, encarregou-se de averiguar quem precisava  de ajuda.
                    Todas as noites, antes do horário de dormir, nosso chefe maior, em cadeia nacional falava diretamente para o povo que o elegeu:  “ Desejo a vocês muita força! Hoje é um dia  a menos, um dia a menos, gente!  Estamos dentro de numa caverna escura, atravessando! Vamos alcançar o outro lado, vamos sim, todos bem. Mas preciso que vocês fiquem em casa. Não saiam para nada, a não  ser em caso de extrema necessidade, isso é só até a escuridão dessa nuvem passar e o sol novamente aquecer nosso pais! Vamos ter força, que isso vai passar logo! Um beijo no coração dos brasileiros que perderam seus entes queridos. Choro  ai com vocês, taOK?  Recebam o meu carinho aí.”
                      Muito religioso, depois da oração reconfortante , ainda completava:   “Que nosso Pai maior nos acompanhe hoje e sempre. Durmam bem!”
                       O mundo  se uniu, ficou forte, imbatível. Inteligências das mais relevantes escolas uniram suas pesquisas, estudos foram realizados e as vacinas vieram.
                       A empatia e a compaixão pelo outro, pelo semelhante destruiu o vírus. Toda a população terrena, desde o bolso cheio até o vazio foi vacinada e o planeta respira. Inspira, respira, inspira, respira.
                      Quando a nuvem de doença clareou, uma nova consciência apareceu. Desde então todos  importam: Negros, brancos, mulheres, homens, pobres, ricos, humanos, e não humanos...