Friends are not FOOD

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sábado, 23 de novembro de 2013

Ser protetor

Ser um protetor de animais é muito mais do que  ajudar  um animal que  precisa.
Um protetor se culpa  por não poder fazer mais. Ele custa a dormir em noites de frio, porque ao invés de lembrar daqueles a quem encontrou um bom lar, lembra dos outros, àqueles que não conseguiu ajudar. Àqueles que fingiu não ver porque não podia. As vezes não se pode ajudar por falta  de  tempo, espaço  ou dinheiro ou todos  esses fatores juntos. 
Ele queria  ser dez ao mesmo tempo e socorrer todos. Ele queria ser rico e poder pagar todos os tratamentos. Ele queria ser veterinário pra dominar a ciência que envolve cada órgão, cada membro. Ele queria ter uma fazenda com canis, gatis, estábulos confortáveis com muitos empregados, todos interessados no bem estar dos resgatados.
Ele queria que seu dia tivesse mais  horas...
Um protetor  de animais não dorme em noites de chuva. Pela sua cabeça passam cenas de animais desabrigados, tiritando de frio com o pelo molhado, mas com aquele olhar doce, calmo de quem aceita.
Um protetor de animais não se diverte no Natal. Ao invés de celebrar o nascimento de Cristo, ele chora a morte de tantos perus, leitões, pra servir de alimento, um alimento desnecessário porque o ser humano não precisa  disso pra ter saúde.
Sei disso porque apesar de fazer pouco, me considero uma protetora de animais. Faço muito pouco do muito que eu  queria fazer, e escrevo porque minhas noites são longas onde vagam imagens de animais que eu não socorri.

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